O Agente Comunitário de Saúde (ACS), como importante expoente da Atenção Primária à Saúde (APS) e contribuidor para a manutenção do bem-estar público, tem papel fundamental no controle da tuberculose em seu território. Ao se pensar nas atribuições que o ACS possui pode-se citar:

1. Divulgar essa doença como um sério problema atual na saúde pública diminuindo o estigma que afeta os acometidos pela doença. Bem como orientar a comunidade em relação às formas de transmissão e como se prevenir da tuberculose.
2. Atentar-se aos sintomas da tuberculose e divulgá-los em seu território, encaminhando qualquer caso suspeito ou pessoas que mantêm contato com conhecidos portadores para a unidade de saúde.
3. Buscar ativamente os casos de pacientes com a doença ativa, a fim de romper com a cadeia de transmissão da bactéria, sendo feito pelo exame do escarro, que é o principal diagnóstico utilizado.
4. Fiscalizar a frequência desses pacientes nos serviços de saúde quando agendados, com o objetivo de trazer àqueles que não compareceram, visto que, devido ao longo tratamento (cerca de 6 meses), devem ser feitas consultas mensais para acompanhar a resposta ao tratamento e monitorar efeitos adversos.
5. Conscientizar a população sobre a disponibilidade do tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS), bem como explicar como ele é feito e sua importância de ser constantemente realizado até que a cura seja alcançada.
6. Acompanhar o tratamento dos pacientes a fim de verificar a ocorrência ou não de efeitos adversos.
7. Orientar as mulheres em idade fértil sobre a necessidade de usar métodos contraceptivos de barreira enquanto fazem tratamento com medicação para a tuberculose já que este diminui reduz o efeito do anticoncepcional.
8. Realizar o Tratamento Diretamente Observado (TDO), que é a tomada diária do medicamento na presença de um profissional da saúde. O ACS deve acompanhar a medicação de segunda a sexta, em casos que isso seja impossibilitado, no mínimo, três vezes na semana.
9. Averiguar a vacinação do público infantil em seu território e direcionar as crianças menores de 5 anos sem registro da vacina BCG ou sem cicatriz vacinal no braço direito para o serviço de saúde.

Referência:

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Cartilha para o Agente Comunitário de Saúde : tuberculose. Brasília, 2017. Disponível em: https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&ved=2 ahUKEwiLtqfr5Pj6AhX6FbkGHW9RAiYQFnoECBQQAQ&url=https%3A%2F% 2Fbvsms.saude.gov.br%2Fbvs%2Fpublicacoes%2Fcartilha_agente_comunita rio_saude_tuberculose.pdf&usg=AOvVaw2IMAmg_D720lCdQMldrxnQ.

Acesso em: 04 out. 2022.

Descritores CIAP2:

A70 (Tuberculose); – 46 (Consulta com profissional de APS)

Teleconsultor

Juliana Dias Reis Pessalacia – Doutora em Enfermagem Psiquiátrica pela Universidade de São Paulo, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP-USP). Docente da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul/Campus de Três Lagoas. Lattes: http://lattes.cnpq.br/4043784563120025

Colaboradores:

Felipe Gutierres Machado Kepe – Graduando do Curso de Graduação em Medicina do Campus de Três Lagoas da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Lattes: http://lattes.cnpq.br/8137618290265888

Giulia Deziró Aranão – Graduanda do Curso de Graduação em Medicina do Campus de Três Lagoas da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Pedro Augusto Marques Prado – Graduando do Curso de Graduação em Medicina do Campus de Três Lagoas da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

Raul Junior Rossi Mendes – Graduando do Curso de Graduação em Medicina do Campus de Três Lagoas da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

Renato Pitol de Mello – Graduando do Curso de Graduação em Medicina do Campus de Três Lagoas da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul