Para diagnosticar o câncer de mama, além do exame clínico, a mamografia é um dos mais importantes, que inclusive é utilizado como rastreio de câncer de mama.
No Brasil, a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) recomendam a mamografia anual para as mulheres a partir dos 40 anos de idade, visando ao diagnóstico precoce e a redução da mortalidade. Tal medida difere das recomendações atuais do Ministério da Saúde, que preconiza o rastreamento bianual, a partir dos 50 anos, excluindo dos programas de rastreamento uma faixa importante da população (mulheres entre 40-49 anos), responsável por cerca de 15-20% dos casos de câncer de mama.
Os achados da mamografia são classificados pelo sistema BI-RADS, e a confirmação diagnóstica só é feita por meio da biópsia, que consiste na retirada de um fragmento do nódulo ou da lesão suspeita por meio de punções (extração por agulha) ou de uma pequena cirurgia. A amostra do material retirado é encaminhada para análise de um patologista, médico especializado no diagnóstico de doenças por meio da análise de tecidos (exame histopatológico), para a definição do diagnóstico.
BI-RADS | O que significa | O que fazer |
0 | Exame inconclusivo | É necessário realizar outros exames por outro método |
1 | Normal | Mamografia de rotina |
2 | Alteração benigna | Mamografia de rotina |
3 | Alteração provavelmente benigna | Realizar mamografia em 6 meses para acompanhamento |
4 | Alteração suspeita | É indicado fazer biópsia para confirmação |
5 | Alteração muito suspeita | É necessário fazer biópsia para confirmação |
6 | Lesão maligna | É usado para pacientes em que já se tem a confirmação do diagnóstico (para avaliação do tratamento pré-operatório, por exemplo) |
Ultrassonografia, ressonância magnética, tomossíntese são outras tecnologias que contribuem para a detecção da doença.
Agnoli, F. et al. Mastologia: do diagnóstico ao tratamento. São Paulo: Conexão Soluções Corporativas, 2017. 650 p.
X76 Neoplasia maligna mama feminina
Nayara Sibelli Fante Casemiro – Médica especialista Ginecologista/ Obstetra e Mastologia. Docente do Curso de Graduação em Medicina do Campus de Três Lagoas da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.
Fernando Carli de Oliveira – Graduando do Curso de Graduação em Medicina do Campus de Três Lagoas da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.