Por não conterem estrogênio as minipílulas são indicadas, preferencialmente, em situações em que há contraindicação absoluta ou relativa para o uso de estrogênios, presença de efeitos adversos com o uso do estrogênio ou durante a amamentação.
A eficácia contraceptiva é maior durante o período da lactação. Quando as pílulas são tomadas de forma correta, ocorre menos de uma gravidez para cada 100 mulheres que as usam durante o primeiro ano (nove para cada 1.000 mulheres). A taxa de falha com o uso típico é de 3% a 5%.
Sem a proteção adicional da amamentação, as minipílulas não são tão eficazes quanto à maioria dos outros métodos hormonais.
A mais recente preparação de pílula só de progestagênio contém 75 mcg/ dia de desogestrel, nível que excede o necessário para inibir a ovulação (60 mcg/dia) sendo, portanto mais efetiva na contracepção que as outras formulações. Estudo randomizado controlado em que se comparou o uso do desogestrel 75 mcg/dia com LNG 0,030 mg/dia, o índice de Pearl foi de 0,14 e 1,17 respectivamente. Além de maior eficácia contraceptiva, a inibição da ovulação com esta formulação é mantida mesmo com um atraso de até 12 horas na ingestão diária e o retorno da ovulação leva pelo menos sete dias após o esquecimento ou atraso na ingestão diária.
Estas propriedades distinguem a pílula contendo desogestrel das demais minipílulas.
Finotti, Marta. Manual de anticoncepção. — São Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), 2015.
W11 Contracepção oral
Nayara Sibelli Fante Casemiro – Médica especialista Ginecologista/ Obstetra e Mastologia. Docente do Curso de Graduação em Medicina do Campus de Três Lagoas da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.
Caroline Rezende Lima
Thaíssa Vieira Caixeta