A Doença Falciforme é uma enfermidade de origem genética, onde ocorre a mudança no formato das hemácias. Normalmente, uma hemácia tem um formato de disco, mas na doença falciforme ela passa a ter um formato de foice – por isso o nome falciforme. Inicialmente era denominada apenas anemia falciforme¹. É importante destacar que a doença falciforme não está relacionada à deficiência de ferro.

A pessoa com anemia falciforme geralmente herda o gene de ambos os pais. Quando a pessoa tem apenas um gene da doença falciforme não chega a desenvolver a enfermidade, diz-se que ela tem traço falciforme. Quando duas pessoas com traço falciforme têm um filho, a criança pode herdar a informação genética do traço falciforme de ambos os pais, apresentando, assim, a doença falciforme. Mas isso não é regra. Ela pode ser também apenas portadora do traço falciforme (quando recebe a informação genética do traço falciforme de apenas um dos pais) ou ainda não ter o gene da doença. Por isso é importante que se faça os exames de triagem durante a gestação e no período neonatal para identificar a presença da doença ou do traço falciforme, garantindo, assim, o acompanhamento de saúde necessário.

O exame para identificar a mutação no gene da hemoglobina é chamado de Programa Nacional de Triagem Neonatal, também conhecido como Teste do Pezinho, que deve ser realizado preferencialmente, entre o 3º e o 5º dia após o nascimento¹.

O dia 19 de junho é considerado o Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Falciforme.

1 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Hospitalar e de Urgência. Doença falciforme: diretrizes básicas da linha de cuidado. Brasília: Ministério da Saúde, 2015.

B82 – Outras anemias NE

Vânia Paula Stolte Rodrigues

Enfermeira, Mestre em Doenças Infecciosas e Parasitárias

Link Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/1716883002673714