A delimitação de foco é feita a partir da abertura de um raio de 300 metros a partir do local onde foi encontrado o foco (local propício a desenvolver o vírus dengue) e são realizadas inspeções em todas residências, terrenos baldios e comerciais, bem como levantamento de índice ou pesquisa vetorial. As áreas são delimitadas tendo em consideração o tamanho de cada lugar, o município deve definir os critérios técnicos para atender suas necessidades. É relevante identificar que uma unidade geográfica encaminha a avaliação de níveis de foco através de amostras de imóveis e, também podendo ser utilizado por infestação de outros animais nocivos.

Sendo assim o controle da dengue é realizado através da aplicação de inseticidas de ação residual sobre as superfícies internas e externas de recipientes, ações de saneamento básico, utilização de instrumentos legais que permitem a entrada em residências para eliminação de focos.

É também utilizado o controle biológico por meio do uso de bactérias bacillus thuringiensis, e de peixes larvofaros (peixe que comem larvas), recomenda-se utilizar esses peixes nos seguintes recipientes: bebedouros de animais, piscinas desativadas, tanques de água, excluindo o seu uso em águas de consumo humano. Um outro aspecto pouco valorizado no controle da dengue é o manejo ambiental, não apenas mantendo o foco nas pesquisas de produtos químicos, mas também na eliminação e remoção de criadouros no ambiente domiciliar, além da coleta do lixo urbano regular ou através de mutirões de limpeza.

O trabalho educativo quer transmitir à população fundamentos sobre saneamento domiciliar e a forma correta de utilizar dos recipientes de armazenamento de água, é de principal importância, pois para um controle eficiente não basta apenas às ações do governo é necessário que haja o engajamento da população.

Referências

BARBOSA, G. L. et al . Indicadores de infestação larvária e influência do porte populacional na transmissão de dengue no estado de São Paulo, Brasil: um estudo ecológico no período de 2007-2008. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília , v. 21, n. 2, p. 195-204, jun. 2012 .

BRASIL. Ministério da saúde. Dengue instruções para pessoal do combate ao vetor. Manual das normas técnicas. Brasília, p.75 , abril de 2001.

BRASIL. Ministério da saúde. Normas e Orientações Técnicas para Vigilância e Controle de Aedes aegypti, São Paulo, 2008.

TAUIL, P. L. Aspectos críticos do controle da dengue no Brasil. Cadernos de saúde pública. p.5 ,junho de 2002.

SOUZA, J. S. et al . A dengue no Brasil e as políticas de combate ao Aedes aegypti: da tentativa de erradicação às políticas de controle – THE DENGUE FEVER IN BRAZIL AND COMBAT DENGUE FEVER TO THE AEDES AEGYPTI: OF THE TRY ERADICATION TO CONTROL POLICIES.

Hygeia – Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde, [S. l.], v. 4, n. 6, 2008.

Descritores CIAP2

A77 Dengue e outras doenças virais

Teleconsultor

Juliana Dias Reis Pessalacia – Pós Doutora em Enfermagem em Saúde Coletiva pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (EE-USP), Mestre e Doutora em Enfermagem Psiquiátrica pela Universidade de São Paulo, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP-USP). Docente da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul/Campus de Três Lagoas. Lattes: http://lattes.cnpq.br/4043784563120025.

Ana Clara Brito Freitas – Graduanda do Curso de Graduação em Medicina do Campus de Três Lagoas da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

Maria Eduarda Pacheco de Souza – Graduanda do Curso de Graduação em Medicina do Campus de Três Lagoas da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

Jesus Daniel Figueroa Castillo – Graduando do Curso de Graduação em Medicina do Campus de Três Lagoas da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

Viviane Gabriela Borges Miranda – Graduanda do Curso de Graduação em Medicina do Campus de Três Lagoas da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.