A pesquisa larvária tem como finalidade o controle da disseminação da dengue pois é uma técnica utilizada para a detecção da presença de Aedes aegypti em determinada região. Sendo esta utilizada para a detecção e identificação de criadouros do Aedes Aegypti e, consequentemente, na contabilização das larvas que ali haviam. A partir da análise dos quantitativos bairro a bairro, a equipe de combate à endemias consegue mensurar a incidência do mosquito e reforçar as ações de bloqueio, como a nebulização por exemplo.

Todo profissional de saúde deve notificar casos suspeitos de dengue a Vigilância Epidemiológica através do preenchimento da ficha de investigação

Quando notificados, a equipe deste setor, os Agentes Comunitários de Endemias (ACE), terá que realizar uma sequência de trabalhos, fazendo uma busca ativa para identificar se há focos (possíveis criadouros do mosquito) nos quarteirões próximos onde há casos suspeitos, o que auxiliará na conclusão do diagnóstico de casos suspeitos de dengue. Sendo seu propósito final a orientação de medidas de controle para impedir a ocorrência de novos casos.

Ademais, as prefeituras municipais são as responsáveis pela realização da pesquisa larvária que deve ser feita em municípios do Estrato 4, ou em municípios dos Estratos 2 ou 3 (estratos são municípios com mais de 100 mil habitantes), em áreas ainda não infestadas. A pesquisa larvária é feita logo após a constatação de casos, ela deverá seguir os mesmos procedimentos adotados na delimitação de foco. Estes procedimentos seriam: a realização da pesquisa em todos os imóveis do quarteirão de residência, trabalho e estudo do caso suspeito e nas 4 faces fronteiriças dos quarteirões vizinhos a estes, tendo como objetivo a prevenção da proliferação da dengue.

Sendo assim, observa-se que tal atividade é de extrema importância para uma boa vigilância epidemiológica, já que através de métodos eficientes é possível realizar prevenção em saúde, pois ajuda a controlar a propagação de doenças.

Referências

BRAGA, Ima Aparecida et al. Comparação entre pesquisa larvária e armadilha de oviposição, para detecção de Aedes aegypti. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. v. 33, n. 4, p.20 , nov. 2012

BARBOSA DA SILVA , Jarbas. Doenças . In: JÚNIOR, Jarbas. Guia de Vigilância Epidemiológica. 6° edição. Brasília: Editora MS, 2006. p. 231.

BRASIL. Ministério da Saúde. Notificação de casos suspeitos de dengue. Brasília, 2018.

Descritores CIAP2

A77 Dengue e outras doenças virais

Teleconsultor

Juliana Dias Reis Pessalacia – Pós Doutora em Enfermagem em Saúde Coletiva pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (EE-USP), Mestre e Doutora em Enfermagem Psiquiátrica pela Universidade de São Paulo, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP-USP). Docente da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul/Campus de Três Lagoas. Lattes: http://lattes.cnpq.br/4043784563120025

Ana Clara Brito Freitas – Graduanda do Curso de Graduação em Medicina do Campus de Três Lagoas da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

Maria Eduarda Pacheco de Souza – Graduanda do Curso de Graduação em Medicina do Campus de Três Lagoas da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

Jesus Daniel Figueroa Castillo – Graduando do Curso de Graduação em Medicina do Campus de Três Lagoas da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

Viviane Gabriela Borges Miranda – Graduanda do Curso de Graduação em Medicina do Campus de Três Lagoas da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.